sábado, 3 de setembro de 2011

Sobre Alucinação

No íntimo, no mais alucinado íntimo, eu até te adoro!
E adoro como alguém que, perdido no deserto,
acredita no oásis que vê! Imagino o céu!
Toda alegria e prazer sendo tocados...
...mas nunca chego, nunca alcanço...
Bolhas de ar à minha volta me mostram
partes suas: olhos que encantam, me fitam,
mãos que despertam, me afagam,
boca que manda e busca beijo.
pés que em rodopio convidam à dançar.
Outras bolhas veem vindo...só não vejo uma
que se esconde, mesmo na miragem desta emoção!
Pois que aqui só se falou em desejo...
E o seu corpo quase por completo está formado
em bolhas intactas... mas falta uma só parte
a que vem vindo, e vem numa trajetória arredia,
numa bolha opaca que se aproxima enfim.
Então eu a toco e ela explode!
Desaparecendo o coração!
Parte inútil nessa composição.

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