quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Amor Fantasma

Quando uma pessoa elege e determina
Um amor do passado como o derradeiro
O coração se fecha e trai
Todo novo amor-primeiro.

sábado, 3 de setembro de 2011

Sobre Alucinação

No íntimo, no mais alucinado íntimo, eu até te adoro!
E adoro como alguém que, perdido no deserto,
acredita no oásis que vê! Imagino o céu!
Toda alegria e prazer sendo tocados...
...mas nunca chego, nunca alcanço...
Bolhas de ar à minha volta me mostram
partes suas: olhos que encantam, me fitam,
mãos que despertam, me afagam,
boca que manda e busca beijo.
pés que em rodopio convidam à dançar.
Outras bolhas veem vindo...só não vejo uma
que se esconde, mesmo na miragem desta emoção!
Pois que aqui só se falou em desejo...
E o seu corpo quase por completo está formado
em bolhas intactas... mas falta uma só parte
a que vem vindo, e vem numa trajetória arredia,
numa bolha opaca que se aproxima enfim.
Então eu a toco e ela explode!
Desaparecendo o coração!
Parte inútil nessa composição.

domingo, 28 de agosto de 2011

Domingo

Dia de escrever sobre a novidade
Dia de lembrar de óntem...realidade?
Dia de sonhar enquanto dura a eternidade
Dia de festejar o não sentir certa saudade.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Instinto

Devo escrever
Assim como devo respirar
Se não...não há

Existo, logo escrevo
Penso que em tudo
Tanta coisa não sei

Respiro o ar que me vem
Vivo o que escrevendo alcancei
Ao menos em versos tentei!

segunda-feira, 9 de maio de 2011

No Espelho Que Vejo

Ah...felicidade!
Quão doce e alentadora és
Fica aqui assim,
Estampada na cara,
Se dizendo tão óbvia.
Ser feliz é a glória!

Que de bem e feliz comigo,
Estou sorrindo.
Por fora e por dentro,
Estou me ouvindo.

E transpiro contente,
Exalando cheiro de flor:
Amor prefeito.
Estou me sentindo à mercê 
Do bem do mal do amor,
À torto e à direito!

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Mal Sinal

O que mais posso te oferecer
Senão eu mesma
Meus pensamentos
São teus
E o mais forte dos desejos
A luz dos olhos
Num lampejo dizendo todo amor!
É tudo seu


Então e por isso
Sou nada
Esvaziada a alma
Não resta o que .

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Presente de amiga

Quero oferecer um presente
Uma lembrança de amiga
Espero que não me diga:
ah...não precisava!

Não é coisa que se compre
Nem tampouco que se pague
Porque é só uma coisa dita
E que só ao coração cabe

Que a palavra amiga
Ao seu nome unida
Representa bem e é
A mais pura verdade.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Cria Ativa

Quem sou quando escrevo
Sendo eu mesma mãe da poesia que intuo,
Filha da poesia que faço
No pensamento um vislumbre perduro
E às mãos, as idéias dou e traço
Comando à mando do coração
Quartel general de todo efetivo emocional!
Obedeço ordens às cegas
Eis-me a guiar e a ser guiada
Pelo batalhão neste contigente
Marchar em frente!
Mostrar armas!
Avançar!
Salve! O que de mais afetivo há
Forças Armadas do Coração!
Armadas de amor
Armadas de paixão
Armadas de sedução.
Preparando corações
Para a batalha da vida!
Flôres em punho
Abraçar!

Calar Fundo

Do que escrevo
A mim me vale
Ai de mim
Se a ti não alcanço
Pois de que vale ao poeta
Versos mal entendidos
Que o coração intocado
Não sente, não vê, nem ouve
O grito é abafado
O sorriso é velado
Nada expondo de si

Mas ao contrário, quero
No mais verdadeiro íntimo
Provocar o teu precipício
E que o que escrevo me valha!
Mesmo que ensanguentada a alma
Ainda descreva
O horror e a beleza
De dizer a vida. 
A alegria e a tristeza
Serem cumpridas
Palavras calando fundo


quarta-feira, 23 de março de 2011

Em vida

Aos amigos,infinitas bençãos
De Deus, dos seus, da vida!
Que a glória mais almejada,lhes seja dada
Por Deus, pelos seus, pela vida! 

terça-feira, 22 de março de 2011

SEI

Sei
Leio-te o pensar, mesmo distante
...
Sei
Que a passos tristes
Consola-te cambaleante
Com o vento que te ajuda a andar
Sei
Tua causa, tua dor
O cheiro que não queres lembrar
Sei
Tua alma que briga
Com teu corpo, teu pesar
Sei
Que não podes voltar
Sei
E de tudo que não sei
Não me podes questionar

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Vazio Enigmático


                                         
                            E no branco, eis que surgem pegadas
                                          Talvez vindas da solidão?!
                                          Ou seriam da contemplação
                                          da árvore desfolhada
                                          fria como a neve,
                                          solitária como as pegadas deixadas na neve
                                          Tudo tão branco...e tão obscuro.