sexta-feira, 15 de abril de 2011

Calar Fundo

Do que escrevo
A mim me vale
Ai de mim
Se a ti não alcanço
Pois de que vale ao poeta
Versos mal entendidos
Que o coração intocado
Não sente, não vê, nem ouve
O grito é abafado
O sorriso é velado
Nada expondo de si

Mas ao contrário, quero
No mais verdadeiro íntimo
Provocar o teu precipício
E que o que escrevo me valha!
Mesmo que ensanguentada a alma
Ainda descreva
O horror e a beleza
De dizer a vida. 
A alegria e a tristeza
Serem cumpridas
Palavras calando fundo


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